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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Vacinas ainda são essenciais para controlar catapora, rubéola, sarampo e caxumba

Getty Images - Médicos reforçam que pais
devem vacinar crianças para evitar doenças
Doenças eram comuns há pouco mais de 25 anos no Brasil
 
Caxumba, rubéola, sarampo, catapora, difteria, coqueluche. Essas e outras doenças comuns há mais de 25 anos no Brasil não deixaram de existir. Fala-se menos sobre elas porque estão controladas graças às vacinas. O Brasil, assim como toda a América Latina, recebeu o certificado da OMS (Organização Mundial da Saúde) como livre do vírus da poliomielite, por exemplo. No entanto, mesmo com essas vitórias e com a pouca incidência de casos, “as crianças devem continuar sendo vacinadas”, alerta o infectologista e pediatra Ricardo Walter Ruttimann. Atualmente, a única doença erradicada no mundo é a varíola. A última epidemia na Europa aconteceu na Iugoslávia em 1972 e o último caso registrado ocorreu em um homem do Sudão em 1977.
 
O médico argentino, que participou do 2º Congresso Internacional Sabará de Especialidades Pediátricas, em São Paulo, no fim de setembro, reforça que se as mães burlarem o calendário nacional de imunizações, as doenças podem voltar.
 
— Em 2002, a América Latina controlou o sarampo, porém, com pessoas circulando por todas as partes do mundo e em razão de parte da população não estar devidamente vacinada, o vírus foi novamente introduzido no Brasil. Um exemplo é a atual contaminação no Nordeste.
 
Ruttimann acrescenta que, sem a vacina, “a criança fica exposta e corre mais risco de adquirir infecções que causam hospitalizações e até mortes”.
 
— Na Europa, há um grande número de crianças com sarampo ou que morrem em decorrência dessa doença justamente por não estarem devidamente imunizadas.
 
Há 40 anos, lembra o médico, as crianças latino-americanas morriam de poliomelite, sarampo e coqueluche, "doenças que hoje, graças às vacinas, estão totalmente controladas".
 
— É um milagre, por isso o programa de imunização é de extrema importância e produz um grande impacto na saúde pública infantil da América Latina. A vacina contra o rotavírus, por exemplo, tem diminuído o índice de mortalidade no Brasil.
 
Sobre os efeitos colaterais das vacinas, Lago admite que existem, mas garante que “nenhum deles coloca em risco a vida da criança”.
 
— As imunizações são extremamente seguras e o calendário brasileiro é espetacular. As são a terceira ferramenta que mais salva vidas, só perde para o uso adequado de antibióticos  e a primeira que é disponibilização de água potável.
 
Ruttimann lembra que no início da década de 80, na Europa e nos Estados Unidos, a vacina de rubéola, sarampo e caxumba foi desprestigiada por uma campanha irresponsável no Reino Unido, que argumentava que tais vacinas produziam autismo nas crianças.
 
— Logo se comprovou que isso foi parte de uma campanha financiada por grupos antivacinas que quiseram desprestigiá-las.
 
Na opinião do pediatra da SBP, com a recente introdução na rede pública das vacinas contra catapora [incluída na tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola] e da hepatite A, o Brasil deu mais um passo na prevenção e controle de doenças comuns da infância.
 
— Vacinar é uma atitude inteligente, que protege não só quem recebeu a imunização como também o próximo.
 
Novas vacinas
Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos, novas vacinas foram introduzidas no calendário do SUS (Sistema Único de Saúde), entre elas para meningite, poliomielite, a vacina penta (difteria, tétano, pertussis, haemophilus influenza tipo B e hepatite B) e vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, e é exclusiva para crianças com 15 meses de idade que já tenham tomado a primeira dose da tríplice viral. Em 2014, foram introduzidas no SUS a vacina contra HPV, hepatite A e vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes.

R7

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