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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Disfunção erétil pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, diz estudo

Reprodução
Disfunção erétil pode ser tratada com mudanças no estilo
de vida, diz estudo
Homens que iniciaram dieta e exercícios diminuíram dependência dos medicamentos
 
Um novo estudo do Freemasons Foundation Centre for Men's Health da Universidade de Adelaide, na Austrália, descobriu que homens com disfunção erétil nem sempre precisam de medicamentos para tratar o problema: bastam dieta, exercícios e outras mudanças de estilo de vida.

Perder peso, comer melhor, ser mais ativo, beber menos álcool e dormir melhor podem ajudar a reverter problemas que contribuem para a impotência, de acordo com a pesquisa publicada em abril no Journal of Sexual Medicine.

Para o trabalho, foram recolhidos os dados de mais de 800 homens australianos selecionados aleatoriamente, com idades entre 35 e 80 anos no início do estudo. Durante cinco anos, o desejo sexual da amostragem foi avaliado por meio de um questionário padrão que abordou o interesse em se envolver com outra pessoa na atividade sexual, o interesse em se envolver em comportamento sexual por si mesmo e a falta de interesse na intimidade sexual.

A função erétil também foi avaliada utilizando um sistema de pontuação padrão. Os pesquisadores levaram em conta fatores como altura, peso, pressão arterial, quantidade de gordura corporal, idade, escolaridade, estado civil, ocupação e tabagismo. Depressão, apneia obstrutiva do sono, uso de medicação, dieta, consumo de álcool e atividade física também foram avaliados, assim como os níveis sanguíneos de glicose, triglicérides e colesterol.

Além do fator idade, um estilo de vida pouco saudável parece estar fortemente relacionado com o aparecimento da disfunção erétil. Homens cujos hábitos de saúde e estilo de vida melhoraram no período do estudo tenderam a ver um aumento da função sexual. E o inverso também foi verdadeiro: aqueles cuja saúde e estilo de vida se deterioraram durante os cinco anos eram mais propensos a experimentar a impotência.

Os autores afirmam que não são contra o uso de medicamentos para tratar a disfunção sexual. No entanto, incentivar os homens a resolver seus problemas de estilo de vida é uma prática que também deve ser incentivada. Uma vida mais saudável pode fazer as drogas para impotência ficarem mais eficazes ou torná-las menos necessárias. Além disso, melhores hábitos também tendem a aumentar o desejo sexual.

Seis cuidados que todo homem deve ter para evitar a disfunção erétil
Disfunção erétil pode ser definida como a incapacidade de manter uma ereção que permita penetração e uma relação sexual satisfatória para ambos envolvidos. Além disso, foi descoberto que 56% dos homens que sofrem com o problema afirmaram ser hipertensos, 19% diabéticos, 13% têm colesterol alto e, ainda, 12% deles são cardíacos. Segundo o especialista em disfunção erétil Carlos Araújo, não há uma causa única, muito menos um tratamento padrão para o problema. "A solução eficiente é analisar a fundo e com calma o problema do paciente, pois doença atinge pessoas das mais variadas idades e condições", diz o cirurgião vascular. No entanto, existem causas cientificamente comprovadas da disfunção erétil.
 
Conheça-as e saiba como evitar o problema:
 
Durma bem
De acordo com um estudo da Unifesp, os pacientes que sofriam de impotência sexual despertavam mais durante a noite e tinham o sono fragmentado, sem conseguir chegar ao estado de sono profundo. "Além disso, a falta de sono aumenta as chances de problemas cardiovasculares e diabetes, favorece o ganho de peso, fatores que contribuem para a impotência", diz Carlos. Outro problema associado é a automedicação de remédios para a impotência, que pode afetar negativamente o sono. "Muitos jovens têm se automedicado sem ter impotência, visando um efeito potencializado da ereção e, pior, associam os remédios à bebidas alcoólicas e drogas. A combinação pode ser fatal", alerta Carlos.                      
 
Drogas
Um estudo da Universidade Real de Londres confirma que o cigarro aumenta o risco de impotência. Homens que fumam têm 40% a mais de risco de sofrer de disfunção erétil. E quanto maior o número de cigarros consumidos, maior a chance de ter problemas na performance sexual. Mesmo aqueles que fumam menos de 20 cigarros por dia têm a chance de sofrer impotência aumentada em 24%. "Isso ocorre porque o cigarro tem substâncias que entopem a microcirculação, o que atinge também o pênis e a ereção", diz o cirurgião. Um estudo da Unifesp também descobriu que entre usuários de álcool, cocaína, crack e ecstasy, 47% têm ejaculação precoce, redução de libido e impotência. "O problema também se relaciona à alterações vasculares, causadas pelo uso prolongado dessas substâncias", afirma o cirurgião. Além disso, remédios como antidepressivos e para a calvície podem influenciar na ereção.
 
Machucados
Muitos jovens que não sabem a origem do seu problema de ereção, podem ter sofrido um trauma na região do pênis. "Já atendi homens com disfunção erétil que haviam levado uma mordida da parceira no pênis. Nesses casos, em geral, fazemos uma cirurgia", diz Carlos. O trauma é também frequentemente causado durante a prática de esportes. Caso você tenha sofrido algum acidente, por menor que seja, vale fazer uma avaliação com o urologista ou médico especializado.
 
Bicicleta
Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine alerta que ciclistas, especialmente os homens, devem tomar cuidado com os assentos de bicicleta que escolhem, dando preferência aos que não tem a ponta pronunciada. Muitos estudos anteriores demonstraram que ciclistas tinham maiores chances de ter impotência, por causa da pressão causada pelo assento da bicicleta no períneo. "Não é o caso de parar de andar de bicicleta, pois o problema não é muito comum. Mas vale atentar para o assento correto", diz Carlos.
 
Diabetes
As artérias do pênis são muito sensíveis às alterações vasculares causadas pelo diabetes. Cerca de metade dos pacientes diabéticos têm problemas de ereção, segundo Carlos. E esses pacientes não podem ser tratados com os remédios mais conhecidos, como o Viagra, pois estes não surtem efeito. Mas há outras formas de tratamento, basta encontrar com um profissional especializado ajuda o quanto antes.
 
Barriga
Uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública de Harvard mostrou que a obesidade e o sedentarismo aumentam as chances de disfunção erétil. O estudo notou, também, que os obesos sofrem mais com impotência, pois apresentavam o sistema circulatório debilitado, o que reflete na ereção. Além disso, a hipertensão e o colesterol alto têm relação com o problema. Ou seja, a circunferência abdominal não é causa direta da disfunção erétil, mas sim as alterações metabólicas decorrentes da obesidade podem gerar problemas sexuais.
 
Minha Vida

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