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terça-feira, 26 de março de 2013

Antibiótico pode causar problemas cardíacos em pacientes com DPOC

Claritromicina interfere nos processos inflamatórios e aumenta risco de morte por doenças cardíacas
 
O antibiótico claritromicina é comumente usado para tratar infecções respiratórias como a pneumonia e evitar o agravamento do DPOC. Entretanto, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Dundee, na Escócia, descobriu que esse medicamento pode aumentar o risco de doenças cardíacas em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Os resultados foram publicados online dia 21 de março no jornal BMJ.

Neste estudo, os cientistas analisaram dados de 1.300 pacientes com agravamento súbito de DPOC e 1.600 pacientes com pneumonia. Eles descobriram que 26% dos pacientes com DPOC que receberam claritromicina tiveram pelo menos um problema cardíaco durante o ano seguinte ao tratamento, em comparação com 18% das pessoas que apresentaram algum problema sem o uso do antibiótico. Além disso, 12% dos pacientes com pneumonia que receberam claritromicina tiveram pelo menos um problema cardíaco, comparados com 7% das pessoas que não receberam o antibiótico.

Em pacientes com DPOC, houve uma associação significativa entre o uso de claritromicina e morte por conta de doenças cardíacas. Esta associação não foi observada em pacientes com pneumonia. Outro fator demonstrado no estudo foi o de que quanto mais tempo os pacientes passavam usando o medicamento, maior era o risco dele desenvolver problemas no coração. Os resultados também sugerem que o aumento do risco de problemas cardíacos permanece depois que os pacientes param de tomar a claritromicina.

Os estudiosos atribuem essa relação ao efeito que o antibiótico tem sobre os processos inflamatórios em pacientes com doenças pulmonares crônicas, mas que ainda não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito. Eles afirmam ainda que essas associações não foram encontradas com o uso de outros antibióticos.

Mudanças diminuem a falta de ar no paciente de DPOC
Respiração curta, quase ofegante, e a necessidade de um balão de oxigênio são constantes da rotina de pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), problema causado principalmente pelo tabagismo. Só no Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com a doença, e o número de casos cresceu 12% entre 2005 e 2010, de acordo com o Ministério da Saúde. "O cansaço e a falta de ar atrapalham a rotina desses pacientes, por isso a conservação de energia é extremamente importante, de forma que eles consigam realizar atividades profissionais, familiares e sociais sem cair no sedentarismo e minimizando os efeitos da doença em sua vida", afirma Gilberto Pucca, presidente da Associação Brasileira de DPOC.
 
Confira os cuidados diários que podem suspender a necessidade de medicação em pacientes com a doença:
 
homem lendo no sofá - Foto: Getty ImagesRepouse antes de atividades cansativas
Rotinas simples como se vestir, comer, dirigir e até tomar banho podem ser muito difíceis para o paciente com DPOC, por isso, é importante que ele repouse antes de realizar um esforço, visando à conservação de energia. "Fazendo isso, o paciente consegue realizar mais atividades sem se cansar, melhorando a disposição, a autoestima e mantendo-se independente", afirma o fisioterapeuta Leonardo Dias, do setor de Reabilitação Pulmonar da Associação Brasileira de DPOC.
 
homem usandouma calçadeira - Foto: Getty ImagesUse uma calçadeira
Quando o paciente portador da DPOC flexiona o tronco para calçar os sapatos, sua respiração fica mais rápida e curta, aumentando assim a sensação de cansaço. "O uso de uma calçadeira diminuirá esse efeito, fazendo com que uma simples tarefa não seja algo tão incômodo", afirma o presidente da Associação Brasileira de DPOC, Gilberto Pucca. Os sapatos devem sempre ser retirados enquanto o paciente está sentado, evitando colocar o pé na cadeira ou flexionar o tronco, pois esse movimento é cansativo. "Dê preferência a calçados que não precisem ser amarrados, evitando assim a flexão do tronco."
 
homem sentado na cama vestindo a gravata - Foto: Getty ImagesVista-se sem sufoco
"O ideal para o paciente é se vestir ou se despir sentando na cama, sempre lentamente e mantendo a respiração mais tranquila possível", diz o fisioterapeuta Leonardo. "Lembre-se que soltar o ar deve durar o dobro do tempo que você gastou para encher os pulmões", recomenda. Use apoios para os cotovelos e fique sentado na cama ou cadeira. "Deixar as roupas já separadas na cama e sair do banheiro de roupão também ajudam a economizar energia para se vestir."
 
homem tomando banho sentado - Foto: Getty ImagesTome banho sentado
O banho é uma atividade em que usamos muito os membros superiores. Para o paciente com DPOC, isso significa alterar a utilização de músculos acessórios da respiração, comprimir o peito ao erguer as mãos para lavar a cabeça e flexionar o tronco para lavar pernas. 'Isso provoca uma sensação de falta de ar mais rápida que o normal", afirma Leonardo Dias. "Ao utilizar um banco ou cadeira de plástico, o paciente consegue diminuir o gasto energético no banho e melhorar essa sensação de cansaço." A dica do roupão também ajuda o paciente a retirar a umidade do corpo sem esforço, tornando a tarefa de se enxugar menos trabalhosa.
 
vaso sanitário com elevação e barras de segurança - Foto: Getty ImagesBarras de segurança no banheiro
O vaso sanitário é baixo e faz com que a hora de levantar seja mais complicada para o paciente com a DPOC. "As alternativas possíveis são aumentar a altura do vaso com adaptadores próprios para esse fim, ou usar barras de segurança que auxiliem o paciente a se levantar, tanto no vaso sanitário quanto no box do banheiro", afirma a fisioterapeuta Camila Luisa Sato, da UNESP. "Outra dica é colocar o pé um pouco mais atrás da linha do joelho ao chão, isso faz com que a hora de levantar seja mais fácil", afirma o fisioterapeuta Leonardo.
 
tampa do vaso sanitário aberta - Foto: Getty ImagesInstale um sistema para abertura da tampa do vaso
Isso fará com que o paciente não tenha que flexionar o tronco para levantar a tampa manualmente, facilitando a tarefa. "Em alguns países já existem uma tecnologia em que se pisa em um botão para levantar a tampa e em outro para dar a descarga, facilitando ainda mais a atividade", afirma Gilberto Pucca.
 
idosa descendo escadas - Foto: Getty ImagesEncarando as escadas
Subir e descer escadas são as tarefas mais difíceis e dispendiosas que existem dentro de casa, essa atividade toma 1040 ml de oxigênio por minuto, enquanto o corpo em repouso usa apenas 200ml/min. A principal dica é instalar corrimão na escada, isso fará com que o paciente tenha mais segurança, firmeza e equilíbrio. "Não tenha pressa na escada, vá devagar, passo a passo, e respire mais lenta e profundamente durante e após a subida", aconselha Leonardo Dias.
 
copo com escova de dentes dentro - Foto: Getty ImagesEscovar os dentes e pentear os cabelos
Manter os cotovelos apoiados enquanto estiver penteando os cabelos ou escovando os dentes ajuda na conservação de energia, bem como praticá-las sentado.
 
"O espelho deve ficar um pouco mais baixo para que essa atividade seja bem executada", lembra o presidente da Associação Gilberto Pucca.
 
homem escrevendo na agenda - Foto: Getty ImagesOrganize suas tarefas
O paciente deve adequar o ambiente e se organizar de modo que algumas atividades não se repitam todos os dias. "Lavar roupas e estendê-las em dois dias consecutivos, por exemplo, cansa demais o portador de DPOC", afirma a fisioterapeuta Camila. Organizar a agenda de tarefas da casa é fundamental, para que as atividades pesadas sejam feitas em dias alternados e nunca de uma vez só. "Gavetas, utensílios e equipamentos da cozinha que usamos com frequência devem sempre ficar na altura do tronco, dispensando a necessidade de se flexionar para pegá-los." Para quem mora em sobrados, a recomendação é concentrar as atividades do dia em apenas um andar, ou com o mínimo possível de subidas e descidas.
 
homem dirigindo - Foto: Getty ImagesCuidados ao dirigir
Se possível, o portador deve dar preferência a modelos completos de carro, com vidros e travas elétricas, direção hidráulica e câmbio automático. "Também deve fazer uma boa regulagem da altura do banco, para que não fique forçando demais a musculatura do pescoço ao dirigir", afirma o fisioterapeuta Leonardo. Fique sentado normalmente, apoiando suas costas no banco e os punhos encostados no volante, de modo que seu braço não fique esticado demais, poupando energia. "Não dirija com os pés nos pedais, isso é uma mania muito comum que sobrecarrega a musculatura das pernas", alerta o especialista. ?Se necessário coloque um apoio ou almofada na coluna lombar para não sobrecarregá-la."
 
Fonte Minha Vida

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