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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TDAH em adultos pode comprometer produtividade e levar a outros transtornos mentais

Por muitos anos, acreditou-se que crianças e adolescentes poderiam superar os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) na puberdade e na vida adulta. O que se constata, na realidade, é que grande parte das crianças diagnosticadas, ao se tornarem adultas, continuam apresentando sintomas do transtorno que leva a prejuízos significativos nas áreas acadêmica, profissional e social.
 
Os sintomas principais do TDAH, como desatenção, impulsividade e hiperatividade, aparecem na infância (ao redor dos 7 anos) e levam ao prejuízo do desempenho como um todo. Nos adultos, os sintomas se ocultam, com frequência, por trás de problemas de relacionamentos interpessoais, incapacidade de organização, alterações de humor, abuso de substâncias químicas, dificuldades no trabalho e outros problemas emocionais. Podemos dizer, então, que o TDAH no adulto torna-se “escondido”.
 
É comum que os profissionais diagnostiquem comorbidades (doenças que convivem com o transtorno) no TDAH. Sendo que, por muitas vezes, o que leva a pessoa a procurar ajuda é outro problema ou a apresentação de outros sintomas (depressão, ansiedade, abuso de substância ou mesmo uma impulsividade maior). Alguns adultos se dão conta de que podem ter TDAH em função do diagnóstico do filho, por exemplo.
 
Algumas características do adulto com TDAH:
• Não conseguir manter atenção a detalhes ou cometer erros por descuido no trabalho.
 
• Realizar movimentos nervosos com mãos e pés.
 
• Ter dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades de diversão.
 
• Não escutar quando alguém está falando.
 
• Não conseguir ficar parado em situações que exigem que fique sentado.
 
• Sentir-se intranquilo e inquieto.
 
• Não seguir instruções e não terminar os trabalhos que se propõe a fazer.
 
• Dificuldade para manter-se calmo em seu local de trabalho.
 
• Dificuldades para organizar tarefas e atividades.
 
• Evitar e não gostar de trabalhos que requerem um esforço mental sustentado.
 
• Falar excessivamente.
 
• Perder coisas necessárias para tarefas e atividades.
 
• Interromper conversas antes que as pessoas terminem de falar.
 
• Distrair-se com facilidade.
 
• São impacientes para esperar sua vez.
 
• Esquecer os deveres diários.
 
• Interromper ou se intrometer na conversa dos outros.
 
• Dificuldades em controlar as emoções e motivação.
 
• Impontualidade.
 
• Baixa autoestima.
 
• Desenvolver ansiedade e depressão com facilidade.
 
• Alteração de humor.
 
• Problemas de relacionamento pessoal.
 
• Má administração do tempo.
 
O diagnóstico de TDAH em adultos
Um profissional (psiquiatra, neurologista ou psicólogo) ou equipe que tenham experiência em TDAH podem assegurar uma avaliação segura que deve incluir uma entrevista clínica sobre a sintomatologia passada e presente do TDAH, o histórico médico, escolar, profissional, história psiquiátrica (incluindo medicações), ajustes sociais e problemas de adaptação no dia a dia (como habilidade para conhecer as demandas da vida). A primeira intenção da entrevista é identificar os principais sintomas do TDAH (hiperatividade, desatenção, impulsividade) e depois assegurar se a história desses sintomas é crônica e geral.
 
Uma avaliação cuidadosa é necessária por três motivos:
1. Estabelecer um diagnóstico adequado
 
2. Avaliar a presença de outras condições médicas
 
3. Descartar outros motivos para as dificuldades apresentadas na vida pessoal, profissional ou escolar.
 
O que acontece depois do diagnóstico?
Mesmo que não haja cura para o TDAH, os tratamentos podem fazer que a pessoa aprenda a manejar os sintomas. Considera-se que um plano de tratamento multimodal (medicação, psicoeducação, terapia comportamental) seja o enfoque mais efetivo.
 
Um tratamento combinado, que seja feito por um período longo, pode ajudar o adulto a administrar os efeitos da desordem e a ter uma vida mais satisfatória e produtiva.
 
.Claudia Ballestero Gracindo – Psicóloga Clínica, Presidente da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta). Contato: aporta@aporta.org.br
 
Fonte O que eu tenho

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