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domingo, 22 de abril de 2012

Audição afetada pode impactar desenvolvimento infantil

A partir do terceiro mês de gravidez o feto já começa a desenvolver o cérebro e o sistema nervoso. Nesta fase a audição também se faz presente e o futuro bebê passa a “interagir” com o mundo externo à barriga da mãe. Música, sons ambientes e principalmente a voz da mãe já começam a ser reconhecidos, aumentando o envolvimento e a formação de laços afetivos. Após o nascimento, a audição ajuda no desenvolvimento infantil, principalmente na aquisição da linguagem. Mas e quando há problemas no desenvolvimento a audição?

“Ouvir é importante para a afetividade, a comunicação, a linguagem e principalmente o desenvolvimento cognitivo das crianças. Por isso, estar atento aos resultados dos testes de audição feitos com os bebês – o que pode indicar a necessidade de cirurgias ou terapias fonoaudiológicas – é importante. Quanto mais rápido se diagnosticar algum problema nesse sentido, mais fácil reverter as perdas da criança”, explica Dóris Lewis, fonoaudióloga e membro da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa).

De acordo com Dóris, o primeiro teste importante é aquele feito ainda na maternidade, o chamado Teste da Orelhinha. Um problema observado neste teste, realizado no momento de alta do hospital, já aponta para uma suspeita de audição comprometida. Um segundo teste, após 15 dias do primeiro, é importante para a confirmação de uma condição audiológica.

“Como as crianças nesta idade ainda não verbalizam, o teste vai ser a única maneira de identificar algum problema”, diz Dóris. “Entretanto, alguns tipos de problemas de audição são mais sutis e podem passar desapercebidos nesta primeira observação. Nestes casos os pais devem ficar atentos em como a criança reage a estímulos em casa. Bebês um pouco mais velhos e que não atendem ao chamado dos pais podem ter a audição comprometida em algum nível, por exemplo”, completa.

Problemas identificados nesta fase do nascimento ou nos meses posteriores ao parto podem ter várias causas. Eles vão desde problemas congênitos – genéticos, por exemplo –, podem ser reflexo de algum problema de saúde da mãe durante a gravidez – infecções como herpes, sífilis ou toxoplasmose –, causados por quadros de icterícia ou, quando há um parto prematuro, pela passagem do bebê pela UTI neo-natal e consequente tratamentos envolvendo muitos remédios.

“Estes quadros aumentam o risco de problemas de audição em até dez vezes. A incidência de problemas de audição em crianças saudáveis é em torno de 1/1000. Nas crianças com os problemas acima a incidência aumenta para 1/100. É um salto muito grande e a audição pode não ficar comprometida de imediato, mas apresentar falhas em idade mais avançada”, aponta Dóris.

Fase pré-escolar
Na fase pré-escolar os problemas de audição podem ser causados por doenças muito comuns. A baixa na imunidade e as infecções de ouvido combinadas são alguns fatores. Caxumba, sarampo, miningite também podem afetar a audição. “Na maioria dos casos estas últimas três condições levam à perdas mais severas e permanentes”, alerta a especialista.

Pais fumantes também contribuem para o aumento do risco desse tipo de problema nos filhos. “Além disso as crianças institucionalizadas – como aquelas que vivem em orfanatos ou abrigos – têm menor imunidade no geral também. Os cuidadores também precisam estar atentos”, observa Doris.

Em todos estes casos a perda, em qualquer nível, de audição compromete a consolidação da fala e o aprendizado da linguagem. É preciso, portanto, que um pediatra faça testes e, caso comprovado o problema, que fonoaudiólogos também participem do tratamento.

“A solução pode ser o uso de próteses auditivas – os aparelhos “para surdez” –, cirurgia, ou simples tratamento medicamentoso. De qualquer forma a terapia fonoaudiológica também deve estar presente”, finaliza Doris.

Fonte O que eu tenho

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